FANTASIA E REALIDADE SEM FRONTEIRAS E UM NOVO OLHAR PARA A INFÂNCIA

FANTASIA E REALIDADE SEM FRONTEIRAS E UM NOVO OLHAR PARA A INFÂNCIA

Na segunda mesa do último dia do evento “100 Anos de Narizinho”, no dia 6/12, Cleo Monteiro Lobato e a doutora em Educação Sônia Travassos, curadora do encontro, receberam os escritores e especialistas em Lobato Pedro Bandeira, Eliana Yunes, Luciana Sandroni e Antonella Catinari para um bate-papo sobre a fantasia e a realidade sem fronteiras na obra Lobatiana e uma discussão sobre o novo olhar Para a infância trazido pelo autor a partir de “A Menina do Narizinho Arrrebitado” por meio de diversos elementos que vão de recursos literários a ilustrações.

Inicialmente, Sônia apresentou os convidados e falou sobre a trajetória de cada um. Eliana Yunes foi a primeira do quarteto a falar sobre o tema, destacando que a obra de Lobato, apesar de lúdica, é apresentada de forma ‘séria’. Através de um roteiro preparado para a mesa, a profissional analisou a fantasia lobatiana e sua função de ‘denúncia da realidade’, percorrendo também olhares de outros campos de estudo para a obra.

Em seguida, Antonella Catinari observou que a fantasia de Lobato seguiu diversas direções: futuro, presente e passado. Para ela, ao ‘abrir a porteira do Sítio do Picapau Amarelo’, fantasia e realidade transitam da forma mais natural do mundo, maneira esta que o autor escolheu para dialogar e atrair o gosto das crianças pela literatura. “Ele é o que criou realmente uma literatura brasileira, baseada na fantasia e na invenção de personagens, o que é um caráter de inovação”, afirmou a especialista, que chamou o escritor de pai da literatura infanto-juvenil brasileira.

A também professora ressaltou, ainda, a importância de trabalhart com a obra lobatiana na escola, principalmente para motivar a literatura por meio da fantasia dentro da fantasia.

Logo depois, Luciana Sandroni, que integrou o time de roteiristas da última adaptação para a TV da série sobre o “Sítio”, trouxe à mesa sua experiência enquanto leitora de Lobato na infância para falar como escritora sobre a fantasia na obra do autor e em sua própria obta, que foi construída com as referências lobatianas,como ‘imaginar o diferente’.

Na sequência, Pedro Bandeira, que se intitula ‘filho de Lobato’ pela ausência paterna na infância, avaliou que o autor introduziu em sua obra elementos que ele percebeu que faziam parte do universo de ‘sonhar’ das crianças, o que permite criar identificação e prazer pela literatura.

O escritor citou trechos, como o do ‘vidro azul’ para exemplificar a sensação que sente e que Lobato fez sentir por meio da obra, à qual ele se referiu como ‘espelho’ para quem lê.

Por fim, os integrantes da mesa fizeram sua conclusão sobre o bate-papo enquanto interagiam com comentários feitos pelos espectadores, que elogiaram, trouxeram pareceres e olhares sobre a conversa.

Assista: https://www.youtube.com/watch?v=WffPvvLpoMo&list=PLTSOlBY3k3FW3yt4T-EL0t9Y7ajVlutYt&index=3

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