100 ANOS DE REINAÇÕES

100 ANOS DE REINAÇÕES

A última mesa-redonda do dia 5/12 no evento “100 Anos de Narizinho” reuniu Cleo Monteiro Lobato e a curadora Mônica Martins para um bate-papo com oito ilustradores da exposição “A Menina do Narizinho Arrebitado”, mostra idealizada pela Editora MoMa com 20 artistas que recriaram cenas da obra original “A Menina do Narizinho Arrebitado” de Monteiro Lobato.

Mônica começou a conversa relembrando sua experiência com trabalhos que envolveram ilustrações de Lobato e contando como surgiu a atual exposição. A artista ressaltou que percebeu por meio das ilustrações como a obra fica instalada no imaginário das pessoas enquanto criança.

Veruscvhka Guerra foi a primeira ilustradora a entrar para o encontro, se apresentar e exibir sua arte, que reproduziu Narizinho no Reino das Águas Claras. Ela também contou sobre sua carreira e seu primeiro contato com Monteiro Lobato.

Em seguida, Soraya Pamplona se apresentou e descreveu sua trajetória. A artista, que é especializada em aquarela, fez sua ilustração nesta modalidade e falou sobre o processo de trabalho em cima da obra do autor.

Nice Lopes veio logo depois mostrando o trabalho que fez com um trecho de Emília lutando contra o escorpião negro - trecho esse posteriormente retirado da versão final de “Reinações de Narizinho” pelo próprio Lobato. A ilustradora falou sobre sua escolha e justificou a decisão, relembrando também sua experiência com a obra do autor e com a arte.

A próxima convidada a apresentar seu trabalho foi Sandra Ronca, que também recriou uma cena com o escorpião e Narizinho. A artista, que também é escritora, contou sobre sua história e parceria com Mônica Martins e explicou sobre a técnica diagonal utilizada em seu desenho, técnica de composição de grande efeito, usada para chamar o olhar da pessoa e criar um efeito dramático.

Na sequência, Agostinho Ornelas entrou em cena introduzindo o trabalho realizado e contando sobre seu primeiro contato com Lobato. O ilustrador mostrou o primeiro livro de fábulas do autor que sua mãe contava a ele quando criança e contou detalhes sobre os traços de sua criação para a exposição.

Agostinho recriou o perfil de Narizinho com o Príncipe Escamado na ponta do seu nariz em aquarela e tem no seu portfólio quase o livro inteiro ilustrado magistralmente no seu estilo onírico.

Ângela Carneiro foi a próxima artista que apresentou seu desenho e falou sobre sua carreira, analisando o processo e elementos que percorreu para seu trabalho.

Em seguida, Laurent Cardon, francês radicado no Brasil, trouxe à mesa as cenas que recriou: do príncipe e Narizinho na enfermaria e da barata ferida pelo sapo, trechos que também acabaram excluídos da versão final de 1931 por Lobato. Essas ilustrações renderam entre os integrantes uma discussão sobre a relação entre a igreja e Lobato, relação complicada historicamente.

Felipe Campos veio logo depois exibindo sua ilustração. Apaixonado por trabalhos voltados a histórias que “assustam crianças”, o artista falou sobre a experiência de deixar o trabalho que gosta para dar cores alegres ao trabalho realizado para a exposição.

Assista: https://www.youtube.com/watch?v=z0iW8KLCHtY&list=PLTSOlBY3k3FWHVFdscwCQPT2B-c0jm6qK&index=3

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