CONHEÇA A CURADORA MÔNICA MARTINS

CONHEÇA A CURADORA MÔNICA MARTINS

  1. Este foi o ano em que a jornalista e escritora Mônica Martins, apaixonada por Monteiro Lobato, iniciou as adaptações de textos do autor para o teatro, na Cia das Mães, na cidade de Niterói.

O grupo, que levava as peças para escolas, serviços como o Sesc e outros eventos tinha como foco tratar da obra infantojuvenil com cunho educacional. A experiência levou a profissional a começar um trabalho mais amplo. Iniciando com uma homenagem ao autor, Mônica resolveu procurar a Rede Globo, procurando, na época, pela figura de Geraldo Casé.

“Falei pra ele da minha ideia de adaptar os textos pro teatro, falei que já tinha alguma coisa escrita sobre a obra e então ele me deu apoio fornecendo a trilha sonora pela Som Livre e fitas VHS para que eu pudesse fazer o figurino”, contou a escritora, que ganhou do criador da série de TV um manual utilizado pela própria equipe da obra na preparação do formato.

Foi Casé também quem colocou Mônica em contato com Jorge Kornbluh, pai de Cleo Monteiro Lobato, na época, responsável pela Monteiro Lobato Licenciamentos, quem a artista recorda como ‘cordial’ e ‘carinhoso’. “A partir dali, foi com ele que comecei a tratar, pedindo autorização pra fazer as exposições que faço desde então, mostrando a ele meus textos próprios”, lembrou a jornalista, que chegou a fazer um contrato com a Globo para poder utilizar as imagens, sons etc, submetendo-se também ao pai de Cleo até sua morte.

No ano passado, durante a ‘Semana de Monteiro Lobato’, em Taubaté, a escritora conheceu a bisneta do autor, por meio de Álvaro Gomes, administrador das obras de Lobato, com quem se une agora para o evento “100 anos de Narizinho”.

Obras e Carreira

Nascida no Rio de Janeiro, em abril, Mônica cresceu em uma casa com três estantes repletas de livro, o que para ela, foi fundamental para sua tendência às letras.

Formada em Jornalismo pela Universidade Gama Filho, ela é especialista em Literatura Infantil e juvenil pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e em Leitura e Literatura Infantil e Juvenil pela Universidade Católica de Petrópolis (UCP).

Contadora de histórias desde a chegada de seus filhos, ela também escreve as criações, feito que fez com que ela recebesse da União Brasileira de Escritores (UBE) dois prêmios: Menção Honrosa do Prêmio Adolfo Aizem, em 2002, com o texto “O pessoal do Sítio e o resgate da Infância”; e o Prêmio Alice da Silva Lima, que lhe rendeu o 1º lugar de Teatro Infantil com a adaptação de “Memórias da Emília”, em 2007.

Mônica também foi finalista da 59ª edição do Prêmio Jabuti, na categoria ‘Adaptação’, com o livro “O Príncipe desencantado - O dia que Chapeuzinho Vermelho desencalhou” - Scortecci Editora (2019).

Moradora de Niterói, ela fundou e dirige na cidade o “Espaço de Leitura Tatiana Belinky”, projeto agraciado pelo “I Prêmio Pontos de Leitura” do Ministério da Cultura (MINC). Seu texto “Emília e os 200 anos da Independência do Brasil” foi premiado no edital de Seleção Pública n°01, DLLLB/SEC/MINC de 04 de julho de 2018, e recebeu prêmio de Incentivo à Publicação Literária pelos 200 Anos de Independência, realizado pelo Ministério da Cultura/Secretaria de Economia da Cultura/Departamento de Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas.

Em 2018, a escritora abriu sua própria editora, MoMa, por onde já publicou “Uma família para Emília” com ilustrações de Maurício Veneza (2018), “A canastrinha da Emília”, com ilustrações de Felipe Campos (2020), e a nova edição de “O príncipe desencantado".